sexta-feira, 19 de outubro de 2012


ALMAS PERFUMADAS - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

Um dia, Carlos Drummond de Andrade, falando de pessoas queridas,
aquelas que só trazem coisas boas para nossa vida,
que só buscam leveza e bem-estar e que jamais nos envolvem em seus egoísmos e reclamações, amigos abençoados disse:



"Tem gente que tem cheiro de passarinho quando canta.
De sol quando acorda. De flor quando ri. Ao lado delas, a gente se sente comendo pipoca na praça. Lambuzando o queixo de sorvete. Melando os dedos de algodão doce da cor mais doce que se tem para escolher. O tempo é outro. E a vida fica com a cara que ela tem de verdade, mas que a gente desaprende de ver.




Tem gente que tem cheiro de colo de Deus. De banho de mar
quando a água é quente e o céu azul. Ao lado delas, a gente sabe

que os anjos existem e que alguns são invisíveis. Ao lado delas, a gente se sente chegando em casa e trocando o sapato pelo chinelo. Sonhando a maior tolice do mundo com o gozo de quem não liga para isso. Ao lado delas, pode ser abril, mas parece manhã
de Natal do tempo em que se acordava e encontrava o presente de Papai Noel.


Tem gente que tem cheiro das estrelas que Deus acendeu

no céu e daquelas que conseguimos acender na Terra. Ao lado delas, a gente não acha que o amor é possível, a gente tem certeza. Também sente visitando um lugar feito de alegria. Recebendo um buquê de carinhos. Abraçando um filhote de urso panda, daqueles bem gorduchos. Tocando com o olhar os olhos da paz. Ao lado delas, saboreamos a delícia do toque suave que sua presença sopra em
nosso coração.


Tem gente que tem o cheiro de cafuné sem pressa.
Do brinquedo que a gente não largava. Do acalanto que o silêncio canta.

De passeio no jardim. Ao lado delas, a gente percebe que a sensualidade é um perfume que vem de dentro e que a atração que realmente nos move não passa só pelo corpo.  Corre em outras veias.

Pulsa em outro lugar. Ao lado delas, a gente lembra que, o instante em que rimos, Deus está conosco, juntinho ao nosso lado. E a gente ri grande que nem menino arteiro.

Tem gente que nem percebe que tem a alma perfumada"


terça-feira, 2 de outubro de 2012

 Após assistir ao vídeo indicado sobre hipertextualidade fica ainda mais claro que o hipertexto prende o expectador em um mundo próprio, devido ao seu formato heterogêneo que lhe permite criar sempre novos caminhos, novos mundos,o que muitas vezes não se torna possível num texto comum.Dependendo da linha de pensamento seguida pelo professor e da possibilidade de cada aluno manussear seu próprio computador,isso pode causar muitas mudanças no processo ensino aprendizagem. 
Sempre é uma tarefa muito prazerosa navegar na internet. Após seguir as orientações recebidas, encontrei no site araguaia.ufmt.br que hiper texto é uma espécie de texto multidimensional em que, numa página trechos de textos se intercalam com referências(links) ,entre algumas definições foi a que mais me agradou. Resumindo eu diria que no hipertexto você procura em diversos links coisas que lhe interessam. Me fez lembrar te textos que trazem concordâncias, onde uma determinada palavra do texto remete a outros textos com temas afins. Creio que é uma prática viável e prazerosa de aprendizagem que pode e deve ser utilizada, desde que hajam computadores disponíveis nas unidades escolares em número suficiente para uso pessoal do aluno.
 Literalmente nunca foi nem sera fácil ser professor dada a complexidade da profissão e as dimensões extra classe por ela alcançadas, pois como relata maria Umbelina Caiafa Salgado, em nossa identidade três dimensões são inseparáveis: a de especialista, pensador crítico de sua prática e cidadão, isto implica dizer que devemos dominar a nossa área de conhecimento, devemos entender como o aluno aprende, ensinar através de situações que favoreçam a aprendizagem e significação do nosso aluno, usar as tecnologias disponíveis entendendo as suas implicações no processo ensino aprendizagem. Com certeza todas essas exigências requerem de nós uma reconstrução diária de nossa prática, ou seja, um eterno aprender a aprender, podemos então literalmente dizer que somos eternos aprendizes e essa aprendizagem contínua ocorre diariamente em nossas interações sociais presenciais e virtuais, na leitura e no estudo formal. Nesse nosso universo convivemos ainda com as novas tecnologias que tem nos aberto novas possibilidades de interação e conhecimento que no âmbito escolar ainda não tem cumprido totalmente seu papel pois como alertam Paulo Blikstein e Marcelo Zuffo o seu uso predominante tem sido como forma de encapsulamento de conteúdo instrucional em mídias eletrônicas.